A Junta de Freguesia de Aguada de Cima abriu concurso para a criação da letra do hino da freguesia, tendo recebido 9 candidaturas, que foram analisadas pelo Júri nomeado para o efeito. O júri composto pelo Sr. Armindo Abrantes, Eng. Celestino de Almeida, Professor Rogério Fernandes e Dr. Serafim Alexandre, elaborou o seguinte parecer: "Os membros do júri convidados para dar parecer sobre a escolha da melhor letra para o hino da Freguesia de Aguada de Cima, após duas reuniões e perante as nove propostas (numeradas de 1 a 9) que lhes foram apresentadas, emite o seguinte: 1.º - Aconselha-se a escolha da letra n.º 8: "Somos povo, somos vila..."; 2.º - Os critérios que presidiram à escolha foram os seguintes: a) A adaptação da letra à música pré-existente, quer no que se refere à extensão quer no que respeita à sua estrutura métrica; b) O seu conteúdo comprovadamente histórico; c) A não referência a símbolos ou tradições religiosos (por mais marcante que os haja e há), respeitando a liberdade de todos quantos queiram rever-se no seu hino; d) A não referência a lugares da freguesia, quer pela impossibilidade de os abranger a todos quer porque sempre mutáveis; e) O não uso de termos ou frases que expressem conceitos banais e gerais por mais que, subjectivamente, sejam respeitáveis; Em resumo: uma letra que, enquadrando-se na música e respeitando a verdade histórica, seja abrangente e perene. 3.º A letra referida é a única que obedece a todos os referidos critérios." A letra proposta pelo júri é da autoria do António Correia Abrantes, e foi aprovada por unanimidade no passado dia 4, em sessão da Assembleia de Freguesia. Somos povo, somos Vila Gente de agora e de sempre Trazemos no peito a vida Que, do passado, é presente
Nos campos de Santa Cruz Moldámos a nossa idade Fomos trigo, fomos luz Marco da Universidade
Doce terra ao sol fulgente Num enleio ardente De olhos no porvir. Longo sonho de criança Que cresce e avança Sempre a sorrir...
Temos do ar a leveza No rosto a cor de prata E em cada peito que reza Há, de novo, Aqualata
E em cada lugar que somos O que a História nos ensina Seremos tudo o que formos Mas sempre Aguada de Cima
Doce terra ao sol fulgente Num enleio ardente De olhos no porvir. Longo sonho de criança Que cresce e avança Sempre a sorrir... |